In time ou melhor dizendo O preço do amanhã como ficou o título em português é um filme que eu demorei a assistir, não tenho nada contra o seu ator principal Justin Timberlake, até gosto dele e já dancei algumas músicas cantadas ou melhor sussurradas por ele e o acho bem gatinho também, não foi isso, simplesmente alguma coisa me incomodava com a sinopse e o teaser não me motivou, mas ontem domingão sem fazer nada e o DVD ali num canto, resolvi ver.
O filme surgiu a partir da idéia de dar uma nova roupagem para o clássico Fuga no Século 23 (1976), transformado posteriormente no seriado de televisão Logan's Run (1977-1978);- A história original foi adaptada do livro de William F Nolan e George Clayton Johnson, publicado em 1967, a direção e o roteiro ficaram por conta de Andrew Niccol Lord of War, 2005, quando estava assistindo pensei rapidamente naquelas frases como tempo é dinheiro e nunca perca o seu tempo esse filme te faz pensar muito nisso, o cenário tem como pano de fundo as cidades de Los Angeles, na California, Estados Unidos, aquele tipo de cenário que não tem como errar e as sequências de fuga e perseguição acabam ficando incrivéis, ponto positivo para a estética futurística da trama, algo bem sombrio e enigmático, algo bem clocado para a história, o que mais gostei do que qualquer outra coisa foi a história do filme, pare pra pensar em um futuro próximo, o envelhecimento passou a ser controlado para evitar a superpopulação, tornando o tempo a principal moeda de troca para sobreviver e também obter luxos. Assim, os ricos vivem mais que os pobres, que precisam negociar sua existência, normalmente limitada aos 25 anos de vida. Esses questionamentos que limitam nossa existência ao tempo, é bem atrelada ao que temos em termos de desigualdade social, questões políticas e mundiais da sobrevivência humana. O filme tem esse foco, te faz pensar, me lembrou alguns aspectos de filmes de ficção científica como Minority Report - A Nova Lei de Steven Spielberg, que tem essa proposta futurística mas não tão interessante e o clássico de todos os tempos Blade Runner, o caçador de andróides de Ridley Scott.
O preço do amanhã tem um desenvolvimento interessante, o casal principal Sylvia Weis interpretado por Amanda Seinfield a queridinha e talentosa de hollywood e Will Salas interpretado pelo cantor pop Justin Timberlake é bonitinho mas não empolga, sabe aquelas fórmulas de filmes de comédia romântica, é fofinho, bonitinho demais, e o filme é de ficção científica, em determinado momento da trama ele a sequestra pra garantir sua vida, quer dizer ganhar tempo para comprovar sua inocência aos guardiãos do tempo que são designados para deixar a ordem estabelecida ou seja não deixar que os menos favorecidos saibam que tudo o que é imposto a eles como impostos abusivos são para garantir que seu tempo não seja ganho e que a morte deles é o que estabelece a confortabilidade mundial, resumindo os ricos podem comprar o seu tempo e assim sobrevivem na imortalidade, é bem impactante mas o filme não desenrola nada além disso e a mocinha acaba aceitando e perdoando pois o amor prevalece, é claro a redenção pelo amor é interessante mas não precisava ser tão persuasiva, tinha que ter mais garra e não se deixar levar tão rápido, é claro que o pai dela era um tipo da pior espécie mas se deixou levar muito rápido, não tinha muita atitude.
O filme te leva a muitos questionamentos, e se você pudesse comprar o seu tempo, concerteza daria muito mais valor a ele e usaria da melhor forma possível mas é só, sabe aquele tipo de filme que quando acaba você diz é legalzinho e te deixa assim querendo algo mais ....in time......
obs: Uma coisa interessante no filme é a aparência das pessoas, quando uma pessoa chega aos 25 anos de idade ela não envelhece mais, então você pode ter uns 50 ou 100 anos se conseguir comprar o seu tempo até essa idade mas com uma aparência de 25 anos, isso foi o mais interessante, um exemplo da atriz Olivia Wilde que faz a personagem de Rachel Salas mãe de Will Salas interpretado pelo Justin Timberlake, que na vida real é mais nova que ele.
Detalhes:
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| cronômetro humano, sempre em contagem regressiva |
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