Belo Momento para o cinema : A "simplicidade" fez O Artista ganhar o oscar de melhor filme em 2012

Com elenco e equipe de 'O artista' ao fundo, produtor Thomas Langmann discursa no Oscar após longa vencer o prêmio de melhor filme (Foto: Gary Hershorn/Reuters)

 Com a consolidação do filme O artista ( the artist, Michel Hazanavicius, 2011) ganhando em cinco categorias, inclusive a de melhor filme, podemos perceber o que a academia quer dizer, a nostalgia e a memória do cinema tem que ser preservada e o cinema mudo e em preto e branco, e a própria história do cinema hollywoodiano foi muito bem representada pelos franceses e nada mais justo, levou o oscar em cinco categorias das dez indicações, e, neste domingo (26), conquistou cinco estatuetas, dentre elas melhor filme, diretor e ator (Jean Dujardin, foi emocionante vê-lo com a estatueta, belíssimo).

 Basta lembrar que sua história é de um período de transição (do mudo para o sonoro), do surgimento de novas técnicas, da dificuldade de adaptação a ela e sobre  aqueles que se recusam a adotá-lo. Essa transição do mudo para o sonoro, o que nos remota para hoje a tecnologia do 3D nos faz ter a certeza do porque que O Artista levou a estatueta de melhor filme. 

É bem verdade que os efeitos especiais fazem parte indispensável do cinema em nossa contemporaneidade, a mágica de O artista está em sua perspicácia de trazer o simples, o apaixonante mundo das artes. Quando assisti ao filme percebi o seu grande potencial para levar a estatueta de melhor filme, pois ele é um resgate de nossas percepções do que foi angustiante os avanços tecnológicos para a época, como sempre mudanças são vistas com um certo receio e se você não estiver pronto para elas pode ser trágico se ver engolida por elas, é um pouco do sentimento vivido pelo ator George Valentin ( vivido por Jean Dujardin). Eu achei ótimo esse filme levar a estatueta, ver-se tantos filmes bem adaptados e cosntruídos com toda a pompa moderna dos efeitos especiais, inclusive o 3D, que é a mais recente mudança para a nossa época, é perceber que temos que olhar um pouco mais para o nosso passado e reinventar idéias e perceber novas maneiras de se apaixonar pelo cinema, é a magia de sentar e assistir diante das telonas algo mágico e inspirador algo com The artist.  

Jean Dujardin, primeiro francês a ganhar um oscar de melhor ator